sábado, 30 de junho de 2007

EXCETO DA OBRA ANTÍGONA : ANÁLISE DA FALA DO CORO, NO PRIMEIRO ESTÁSIMO, ESTROFE 1, ANTÍSTROFE 1, ESTROFE 2, ANTÍSTROFE 2



Primeiro Estásimo
Estrofe 1

De tantas maravilhas
Mais maravilhoso de todas é o homem.
O espumante mar nos ímpetos dos ventos austrais
Sulca, bramantes
E cultiva a dos deuses mãe, a Terra
Imortal, incansável,
Revolvendo-a ano após ano
Com arados movidos
Por força eqüina.

Antístrofe 1

A linhagem das leves aves
Leva capturadas
E as raças das feras agrestes,
Peixes em penca prende
Nas malhas das redes
O homem perspicaz;
Engenhoso persegue a fere
Fauna dos montes,
Doma corcéis
Ao duro jugo
Sujeita touros sanhudos.


Estrofe 2

A voz, o pensar
Volátil e as urbanas leis
Das assembléias ele as ensinou
A si mesmo, fugiu
Da áspera agressão do frio
E dos dardos das tempestades.
Aparelhado, desaparelhado não acata nada
Do que lhe advém; só a morte
Fuga não lhe acena,
Ainda que de indômitas moléstias
Alcance escape.

Antístrofe 2

De saber fecundo, move recursos inesperados
Ora ao bem, ora ao mal.
Uma as leis da terra
À justiça jurada
Dos deuses, e amuralhado será;
Desamuralhado
Se saiba, porém,
Atrevendo-se a insultá-las.
De meus altares
Não se aproxime
Nem perturbe meu pensar quem assim procede.

A Tragédia Grega apresenta as seguintes divisões:
- Prólogo: É a primeira cena antes da entrada do coro, ou antes, da primeira intervenção do coro. Trata-se de uma narrativa preliminar que visava introduzir o tema;
-Párodo - Inicialmente era a entrada do coro cantando e dançando na orquestra, o espaço cênico em frente e abaixo do palco;.
-Episódios ou Partes - São cenas no palco, entre os cantos corais, sejam estásimos ou diálogos líricos, em que participa no mínimo um ator.
- Estásimos: Eram os cantos e danças do coro na "orquestra" que separam os episódios, marcando pausas na ação. Seu número é variável, de 2 a 5, em geral;
- Êxodo: Inicialmente, como indica o seu nome, era simplesmente a saída do coro cantando e dançando ao final da peça.
O exceto analisado, é a primeira manifestação do Coro, representando a opinião pública.
Essa passagem apresenta uma relação de humanidade na peça, quando afirma que muitas coisas maravilhosas existem e o homem é mais maravilhoso dentre todas as coisas.
A dimensão humana é mostrada como um estranho que habita as entranhas, provocando pavor, angustia e paixão.
O homem domina a natureza, enfrenta as fortes ondas do mar, o vigor dos ventos, cultiva a terra com arado movido à força eqüina, ano após ano e tira dela o alimento para viver. Doma os animais ferozes, o cavalo e o touro, e captura as aves e os peixes.
Criou as leis da POLIS e a outros as ensinou, utilizando-se da voz e do pensar.
O homem consegue driblar o frio e as tempestades, mas não é capaz de fugir da morte, mesmo escapando das enfermidades.
A reflexão acentua a contradição existente no próprio homem, quando afirma que ele é capaz de recursos inesperados para boas ou más ações. Agindo com perversidade ele é a sua própria ruína.
As perversidades, as más ações, conduzem a um descaminho, à injustiça, ao desequilíbrio, o desrespeito a outro homem e até às leis divinas, conduzindo ao nada, ao vazio, à morte.
Vivendo, o homem é levado a agir, mas agir é perigoso, pode custar até mesmo a vida. No entanto, é preciso agir, optar e assumir responsabilidades pelas ações, mesmo quando o resultado é a morte. Pode-se dizer que é uma questão de consciência.
Tomando consciência dos seus atos, o homem é responsável pelas conseqüências boas ou más. Portanto, equilíbrio nas decisões é o recomendado.
Deixando-se dominar pelo orgulho de suas ações, poder, autoritarismo, valoriza o NÃO-SER e despreza o SER, atitude que é rejeitada por toda a sociedade local, demonstrando certo conservadorismo. Não sendo muito diferente na atualidade.
Em suma, o homem é capaz de subjugar os animais, a natureza e outro homem, menos a si mesmo. Reside aí a maravilha do homem e a sua estranheza, visto ser capaz de dominar tudo, não é capaz de dominar a si mesmo, sendo causador de sua própria ruína.

REFLEXÕES SOBRE ANTÍGONA DE SÓFOCLES

A obra Antígona do poeta Sófocles, é classificada como tragédia. Aristóteles considera que o objetivo das tragédias era provocar uma forte impressão no público para que refletissem sobre as paixões (pathos) e os vícios humanos. Em sua obra Poética (IV-26), assim conceitua a tragédia:
“Tragédia é a representação de uma ação elevada, de alguma extensão e completa, em linguagem adornada, distribuídos os adornos por todas as partes, com atores atuando e não narrando; e que, despertando piedade e temor, tem por resultado a catarse dessas emoções.”

Antígona foi escrita com esse objetivo, de levar à reflexão sobre os conceitos explorados: seguir as leis divinas ou as leis dos homens?
As leis divinas são transmitidas pela família, de pai para filho, com raízes na moral, bons costumes, justiça, equilíbrio nas decisões.
As leis dos homens, geralmente, emanam da autoridade constituída e que pode ser corrompida pela soberba, gerando injustiça e, muitas vezes, fere a moral e os bons costumes ditadas pelas leis divinas.
A personagem Antígona representa o sagrado, o divino, o particular e a personagem Creonte, a cidade, o valor do Estado.
Ao desobedecer às ordens de Creonte, Antígona se posiciona a favor das leis divinas, a religião familiar e o respeito aos mortos e assume as conseqüências, ciente de seu final trágico, mas sem esmorecer.
Creonte, por sua vez, ao conhecer os atos de desacato às suas ordens, se posiciona firme no intento de não ceder a nenhum apelo de clemência ou reconsideração, nem mesmo de seu filho, fechando assim todo e qualquer canal de diálogo que levasse a um desfecho razoável.
Nota-se que a posição irredutível de Antígona, ao infringir o decreto de Creonte, traz à luz um valor universal, que vai além do poder de um governante, o respeito que merece um ser humano, independente de culpa.
A atitude de Creonte visa manter a ordem e o poder por ele estabelecido, de tal forma que para ele os fins justificam os meios, independente de razão ou crença pessoal. Projeta autoritarismo, ganância, prepotência e soberba.
O choque das duas posições leva à reflexão sobre a relatividade de todas as coisas e, principalmente, daquilo que é moral, justo e legal. Pois, nem sempre o que é legal é justo e/ou moral.
O final trágico de Antígona, na peça, se revela como uma punição por ter assumido uma posição que só competia aos deuses, a aplicação das leis divinas, a justiça. Com a morte da mulher e do filho, Creonte foi punido pelo desequilíbrio nas ponderações, o autoritarismo e ganância que o cegaram, a ponto de levar ao extremo a sua decisão.
Antígona é redimida com a morte, e Creonte sucumbiu à devoção ao poder, à lei imposta por ele mesmo.
A peça aborda nitidamente que o poder divino, naquela época, era muito presente na vida dos gregos e como os deuses gregos possuíam características humanas, suas leis podiam entrar em conflito com as leis humanas e isso causaria um caos nos valores da época. A peça deixa notório o valor do equilíbrio nas decisões e a susceptibilidade das duas leis ao erro.

domingo, 24 de junho de 2007

DONATELLO E AS NOVAS ORIENTAÇÕES ARTÍSTICAS QUE DOMINAVAM O PERÍODO RENASCENTISTA

Autor: Brigitte Luiza Guminiak Sousa

Resumo: este trabalho apresenta as inovações artísticas escultóricas introduzidas pelo renascentisata Donatello
Paralvras– chave:Renascimento. Florença. Donatello.


Donato di Niccoló di Betto Bardi, chamado Donatello,escultor italiano, nasceu em Florença por volta de 1386, e faleceu em 13 de dezembro de 1466. Trabalhou em Florença, Prato, Siena e Pádua, recorrendo a várias técnicas:tuttotondo,baixo-relevo, stiacciato, e materiais como mármore, bronze, madeira.
Separou -se definitivamente do gótico, sendo responsável pela criação do estilo renascentista escultórico em Florença. Ele se destaca pela força emocional de suas obras presentes na Catedral de Florença e introduz a perspectiva geométrica
Sua obra primordial, Davi, em bronze,tanto pode ser o Davi bíblico como o deus Mercúrio que contempla a fronte de Argo. Representa a razão que triunfa sobre a força bruta e a irracionalidade. É considerada a primeira figura nua em tamanho natural feita desde a Antiguidade clássica.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Donatello

Donatello - Davi em bronze -Florença, Museu Nacional de Bergello, c.1430)

As suas características mais evidentes são o movimento, o naturalismo e a graça. A obra-prima da sua juventude são os três profetas do campanile da Catedral de Florença, em que aproveita a força expressiva do feio.
Donatello voltou-se à representação da figura humana, retomando e superando a arte grega e romana, seja formalmente, seja estilisticamente. Muito particular foi sua capacidade de sugerir humanidade e introspecção em suas obras.
Em 1417, Donatello completa a Estátua de São Jorge, animada pela torção e o jogo das pernas. A base em pedra apresenta baixo-relevo, construindo com a técnica deo stiacciato, sendo um dos primeiros exemplos de perspectiva, com um único ponto de fuga.

Referências:
BATTISTONI FILHO, DUÍLIO. Pequena História da Arte. São Paulo.p.61- 71.Papirus,12.ed.2003.
Disponivel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Donatello, acessado em 09/05/2007
Disponivel em: http://www.vidaslusofonas.pt/donatello.htm, acessado em 08/05/2007

sábado, 23 de junho de 2007

AMOR LÍQUIDO X AMOR SÓLIDO

Nestes tempos sisudos em que vivemos as leis do mercado se atrevem a tudo e todos, inclusive as apoderando dos sentimentos, inundando as relações pessoais e amorosas.

Como todo relacionamento é relativo, pois tudo depende de tudo, das circunstâncias, do ambiente cultural, financeiro, social, profissional e etc., percebe-se que a sociedade está incorporando a liquidez ($) amorosa com mais abertura do que imaginamos.

Evidentemente que a era do amor platônico, do amor sem toque, sem cheiro, sem “sal” já se vai longe, graças à evolução da informática.

Mas a contribuição da mídia acentuou ainda mais a liquidez ($) amorosa e arremessou o homem moderno no mercado de consumo criando relações sem vínculos, muito embora conectado.

Essa liquidez acerbada minou conceitos, preceitos e convenções sociais a muito enraizadas e consideradas o porto-seguro dos relacionamentos.

Entretanto, todas as convenções e conceitos conhecidos sobre o que seja o amor podem ser considerados como sólidos? Há garantia expressa de amor eterno, que dure “para sempre” ou “até que a morte os separe” baseados em leis jurídicas?

Procedimentos legais, formalidades, convenções sociais são vulneráveis às leis do amor. Não serão elas nem a duração do relacionamento no tempo que o solidificam, há de se considerar a intensidade e a capacidade de entrega total ao ser amado e no exato momento em que acontece.

Há os que defendem um amor baseado nas leis regidas pelo coração, não se submetendo a convenções ou formalidades legais, outros ainda, não abrem mão dos rituais religiosos e legais por acreditarem que tais procedimentos solidificam o amor.

Amor sem vínculos legais, ou mesmo o Amor Líquido, ditado pelo mercado de consumo, vem modificando o conceito de Amor Sólido, baseado em formalidades e leis com a idealização de que o relacionamento será “eterno” ou “para sempre” só porque está firmado em documento ou porque a igreja assim o determina.

Cabe aqui uma indagação: Há regras ou convenções para ser feliz?

A mídia e o mercado de consumo são os responsáveis pelo descompromisso vivido nas relações amorosas ou só exploram algo que já está latente no seio da sociedade moderna?

sexta-feira, 22 de junho de 2007

COMO ESQUECER

Como esquecer
As palavras carinhosas
Ditas ao pé do ouvido?

Como esquecer
O perfume envolvente
No momento de carinho?

Como esquecer
Cada gesto, cada olhar,
Que só tu e eu
Podemos entender?

Como esquecer
Seu doce abraço
Sua mão macia a me acariciar?

Como esquecer?


Brigitte
21/04/07

terça-feira, 19 de junho de 2007

ANTOLOGIA

RECOMEÇO

Há momentos em que penso deixar tudo de lado...
Amigos, trabalho...
Pois o vazio aqui dentro
Já causou o maior estrago!
Penso e repenso
Vou adiante...
Na próxima curva bate o vento à – favor!

IRRESISTÍVEL

Como foi que tudo aconteceu?
Não sei dizer.
Quando dei por mim
Meu coração já era seu!
Lutar contra?
Nada disso.
Deixei o amor tomar conta!

PEDIDO

Já que vais embora
Faço um pedido derradeiro:
Feche a porta de mansinho,
E com cuidado!
Não assuste ainda mais meu coração!

CIRANDA

Um dia li em teus olhos
Uma linda história de amor.
As verdadeiras histórias de amor só têm começo...
A nossa o” amor era pouco e se acabou”.

domingo, 17 de junho de 2007

ENTRE TAPAS E BEIJOS

“... ENTRE TAPAS E BEIJOS, /É ÓDIO, É DESEJO/ É SONHO/ É TERNURA...”

À primeira leitura desses versos da música ENTRE TAPAS E BEIJOS, composição de Nilton Lamas e Antonio Bueno, interpretada por Leandro e Leonardo, nos induz a acreditar num romance repleto de paixão, amor e sedução. Mas só a primeira leitura. Esses versos revelam algo maior e (triste) que não está escrito, mas está nas entrelinhas. Como pode haver amor entre um casal que vive entre tapas e beijos se amar loucamente? Como a mulher, principalmente, que foi humilhada, magoada, desrespeitada e agredida pode se submeter ao constrangimento de aceitar na cama seu agressor, na maioria das vezes, seu companheiro?
Essa realidade é vivida por milhares de mulheres neste nosso Brasil (e no mundo), independente de classe social, etnia, escolaridade ou idade.
Em agosto de 2006 foi editada a Lei 11.340, conhecida como LEI MARIA DA PENHA, considerada um avanço nos Direitos Humanos das Mulheres.
Preliminarmente, veremos a razão do nome Maria da Penha ter sido atribuído à LEI.
Em 1983, Maria da Penha Maia Fernandes, biofarmacêutica, aos 38 anos, levou um tiro nas costas do seu marido Marco Antonio Heredia Vivera, professor universitário (numa primeira tentativa) e ainda tentou matá-la por eletrocussão. Desde então sua luta foi por justiça. O ex-marido foi condenado a dois anos de prisão, mas por meio de recursos jurídicos não cumpriu a pena. Inconformada com a impunidade face ao crime ser considerado de ”pouco poder ofensivo” visto tratar-se de violência doméstica, foi denunciado pela OEA, o que forçou o Brasil a rever o caso, e num novo julgamento, foi condenado a 10 anos de detenção.Cumpriu dois anos. Hoje ele está em liberdade e MARIA DA PENHA ESTÁ PARAPLÉGICA.
A LEI MARIA DA PENHA ainda não pune com o devido rigor os crimes de violência praticados contra as mulheres no interior do Lar.
O jornal “DIÁRIO DA MANHÔ, edição de 20/02/07, matéria de Tássia Galvão, intitulada VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – PRISÕES BATEM RECORDES, revelou um dado assustador: duas agressões registradas por dia, até a publicação da reportagem.
Desde a entrada em vigor da Lei 11.340/06, ou seja, de 22/09/06 a 31/01/07 foram abertos 305 inquéritos; 1341 Boletins de Ocorrência (BO).
Os crimes mais comuns foram: Ameaça: 426 registros; lesão corporal (leve, grave e gravíssima) 360 registros; injúria com 43 registros. Só no mês de Janeiro de 2007, foram instaurados 84 inquéritos e 105 remetidos ao Judiciário. Dados, sem dúvida alguma, alarmantes e estarrecedores. Dados que nos levam a crer que os versos acima citados não são assim tão românticos e apaixonados, e comprovam uma rotina violenta nos lares.
A mulher, independente de classe social, idade ou etnia, muitas vezes para manter o casamento, ou por acreditar na possibilidade de mudança de comportamento do cônjuge ou companheiro, pai ou irmão, se submete a tais condições por vergonha da humilhação sofrida, da agressão gratuita, e por acreditar ser a culpada pela situação de violência que vive, devido a constrangimentos físicos e psicológicos constantes.
A submissão feminina à força bruta do homem tem raízes culturais conhecidas e a luta pelo respeito aos direitos humanos da mulher está presente desde a pré-história.
O legislador deu um passo à frente no momento em que reconhece como violência doméstica e familiar o dano moral, psicológico e patrimonial, já que em casos como da própria Maria da Penha há o risco iminente de perda de patrimônio.
A violência psicológica, de difícil comprovação, abrange o dano emocional, diminuição da auto-estima mediante ameaça, constrangimento, humilhação, isolamento, chantagem e outras condutas que causem prejuízo à saúde psicológica e a autodeterminação da mulher.
A Lei prevê medidas integradas de prevenção como a promoção de estudos e pesquisas e políticas públicas que visem prevenir a violência doméstica e familiar (art.8º).Cabe aqui mencionar que se torna necessário a criação de juizados especiais para tratar dos casos de violência doméstica.
Outra inovação é que a autoridade policial poderá acompanhar a mulher até a sua residência para a retirada de seus pertences, encaminhá-la ao hospital ou casa de parentes, informar seus direitos e comunicar de imediato ao Ministério Público ou Poder Judiciário quando necessário, em casos de ameaça grave (art.11).
Confirmada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, o juiz poderá de imediato determinar o afastamento da mulher do lar, (sem prejuízo de seus direitos na ação de separação de corpos ou divórcio), proibir o agressor de aproximar-se da vítima e/ou contato até com familiares e testemunhas, proibir o agressor da posse e o porte de armas e a freqüentar determinados lugares, restringir ou suspender visitas e ainda determinar os alimentos provisionais.
O que decepciona na Lei é a possibilidade de soltura do agressor mediante pagamento de fiança conforme seus rendimentos, o que favorece a fuga ou a consumação das ameaças.
O que talvez cause estranheza em muitos é a referência a Direitos Humanos da Mulher. Não que os homens não tenham direitos ou que sejam menos humanos que as mulheres. O que se discute aqui é que para as mulheres serem respeitadas foi preciso elaborar uma Lei que puna seu agressor e faça cessar a violência. Foi preciso criar uma Lei para afirmar que a mulher tem o direito de ser respeitada pelo marido, pai, irmão, dentro de sua própria casa.
Ressalta-se ainda, que nos casos de violência doméstica ou familiar o homem que agredir ou ameaçar o filho, o pai ou avô, a pena será de até três anos, quando não resultar em morte.
Vale lembrar que a Lei não foi editada exclusivamente para resguardar os direitos das mulheres, resguarda sim os direitos de qualquer ser humano que sofra violência doméstica ou familiar, tanto homens e mulheres.
A música citada no início do texto, um grande sucesso da dupla goiana Leandro e Leonardo, é apenas uma dentre outras tantas que desnudam os relacionamentos violentos e patológicos vividos por milhares de famílias. Pode-se citar, outro sucesso, também de Leandro e Leonardo, PAZ NA CAMA, sucessos do cinema, como “DORMINDO COM O INIMIGO”, sendo a atriz principal Julia Roberts.
É natural haver diferenças de opinião e às vezes discussões entre um casal, afinal são duas pessoas diferentes vivendo sob um mesmo teto, e compartilhando a mesma cama. Mas as diferenças devem ser resolvidas com diálogo e bom senso. O ditado de que em briga de marido e mulher ninguém deve meter a colher é falso, pois as conseqüências variam entre a vida e a morte.