Falar sobre Goiânia, é ao mesmo tempo prazeroso e árduo, pelo simples fato de ser goianiense e ser uma enamorada da “minha” cidade.
Se por um lado, Goiânia é considerada uma cidade tipicamente interiorana, por outro lado, é a capital que mais tem crescido nos últimos anos.
Falar que a cidade é linda, que oferece qualidade de vida e etc. é chover no molhado, visto que a mídia tem se encarregado disso com bastante empenho e mérito.
No entanto, lanço aqui um olhar mais reflexivo sobre a cidade.
Ressalto de imediato que Goiânia foi, inicialmente, projetada para 50 mil habitantes e conta hoje com cerca de 1.300.000 habitantes. Nem seu fundador, Pedro Ludovico Teixeira, talvez, tenha imaginado tal crescimento em 74 anos.
Capital do Estado de Goiás, localizada a 200 km de Brasília, tem boa infra-estrutura de saneamento básico, alta taxa de alfabetização (95,2%) e PIB per capita de R$ 7.274,00 (em 2004) e o índice de desenvolvimento humano municipal gira em torno de 0,832 pontos.
A expansão comercial e industrial de Goiânia é notória sendo que a indústria de confecção fez surgir as feiras livres de confecções e levou o nome da cidade além –fronteiras nacionais e internacionais, como também a indústria química e farmacêutica e a alimentícia.
Mesmo com largas avenidas, a frota de veículos constitui um desafio para a engenharia de tráfego, pois a cidade possui a maior frota de motos per capita do Brasil e o índice de um carro para cada 1,7 habitantes.
Com uma taxa de crescimento tangendo a casa de 1,85% ao ano, cabe aqui repensar o futuro da cidade.
O que se espera de uma cidade como Goiânia e como será ela daqui a 30 anos?
Claro, que com tais índices apresentados, as perspectivas são animadoras, mas também preocupantes.
À medida que o crescimento for se ampliando e fortalecendo, o progresso e o avanço econômico para a região Centro-Oeste também se expande, gerando emprego, renda e desenvolvimento, sendo assim um aspecto positivo.
Por outro lado, o crescimento vertiginoso da capital goiana aflige, haja vista as implicações sócio-culturais e, principalmente, ambientais, quando analisados os índices de proporção carro/nº. de habitantes e o índice de crescimento populacional que traz consigo a poluição visual, sonora, do ar e da água, atingindo diretamente a qualidade de vida dos goianienses.
Espera-se que num futuro, não muito distante, Goiânia ostente com graça a primeira colocação em arborização (atualmente ocupa o 2º lugar nacional) e como também a melhor capital para se viver (segundo a FGV, atualmente, Goiânia ocupa o 2º lugar nacional).
Deixando as utopias futurísticas de lado, Goiânia tem grandes chances de se tornar um centro de referência urbanística e ecológica, bastando cultivar um crescimento sustentável com foco na qualidade de vida dos moradores, dependendo sobremaneira da seriedade dos gestores públicos na condução do plano de crescimento urbano da cidade.*
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*Fonte: http://portalspin.seplan.go.gov.br
Se por um lado, Goiânia é considerada uma cidade tipicamente interiorana, por outro lado, é a capital que mais tem crescido nos últimos anos.
Falar que a cidade é linda, que oferece qualidade de vida e etc. é chover no molhado, visto que a mídia tem se encarregado disso com bastante empenho e mérito.
No entanto, lanço aqui um olhar mais reflexivo sobre a cidade.
Ressalto de imediato que Goiânia foi, inicialmente, projetada para 50 mil habitantes e conta hoje com cerca de 1.300.000 habitantes. Nem seu fundador, Pedro Ludovico Teixeira, talvez, tenha imaginado tal crescimento em 74 anos.
Capital do Estado de Goiás, localizada a 200 km de Brasília, tem boa infra-estrutura de saneamento básico, alta taxa de alfabetização (95,2%) e PIB per capita de R$ 7.274,00 (em 2004) e o índice de desenvolvimento humano municipal gira em torno de 0,832 pontos.
A expansão comercial e industrial de Goiânia é notória sendo que a indústria de confecção fez surgir as feiras livres de confecções e levou o nome da cidade além –fronteiras nacionais e internacionais, como também a indústria química e farmacêutica e a alimentícia.
Mesmo com largas avenidas, a frota de veículos constitui um desafio para a engenharia de tráfego, pois a cidade possui a maior frota de motos per capita do Brasil e o índice de um carro para cada 1,7 habitantes.
Com uma taxa de crescimento tangendo a casa de 1,85% ao ano, cabe aqui repensar o futuro da cidade.
O que se espera de uma cidade como Goiânia e como será ela daqui a 30 anos?
Claro, que com tais índices apresentados, as perspectivas são animadoras, mas também preocupantes.
À medida que o crescimento for se ampliando e fortalecendo, o progresso e o avanço econômico para a região Centro-Oeste também se expande, gerando emprego, renda e desenvolvimento, sendo assim um aspecto positivo.
Por outro lado, o crescimento vertiginoso da capital goiana aflige, haja vista as implicações sócio-culturais e, principalmente, ambientais, quando analisados os índices de proporção carro/nº. de habitantes e o índice de crescimento populacional que traz consigo a poluição visual, sonora, do ar e da água, atingindo diretamente a qualidade de vida dos goianienses.
Espera-se que num futuro, não muito distante, Goiânia ostente com graça a primeira colocação em arborização (atualmente ocupa o 2º lugar nacional) e como também a melhor capital para se viver (segundo a FGV, atualmente, Goiânia ocupa o 2º lugar nacional).
Deixando as utopias futurísticas de lado, Goiânia tem grandes chances de se tornar um centro de referência urbanística e ecológica, bastando cultivar um crescimento sustentável com foco na qualidade de vida dos moradores, dependendo sobremaneira da seriedade dos gestores públicos na condução do plano de crescimento urbano da cidade.*
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*Fonte: http://portalspin.seplan.go.gov.br
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